Adaptar-se ao ambiente dos juros
Perspetivas para 2025: novas formas de diversificação
Após resultados determinantes nas eleições dos EUA, as perspetivas para os ativos de risco parecem positivas, com uma aterragem suave à vista para as economias dos EUA e mundiais, apesar da possibilidade de volatilidade futura. Os riscos mantêm-se: os mercados estão a considerar um ciclo de cortes nas taxas de juro que ainda pode ser comprometido por um recrudescimento da inflação. Parece-nos ser o momento certo para reconsiderar a alocação de ativos: avançar ao longo da curva de risco ou adicionar ativos ilíquidos, como dívida privada e infraestruturas. Com a possibilidade de guerras comerciais e imposição de tarifas, a gestão ativa será crucial para enfrentar uma economia global na qual é essencial ser seletivo.
Principais conclusões
- O nosso cenário de base para a economia dos EUA é uma aterragem suave, na qual a inflação abranda e a recessão é evitada. Este desfecho é favorável para uma série de ativos de risco, sobretudo para as ações dos EUA, que ainda consideramos atrativas apesar das valorizações elevadas.
- O segundo mandato de Donald Trump poderá dar continuidade a uma divergência económica global, na qual os EUA ultrapassam a Europa e o Japão. Os investidores poderão ter de navegar num ambiente geopolítico reconfigurado por tarifas e potenciais guerras comerciais.
- Os cortes nas taxas de juro esperados deverão ser favoráveis aos mercados obrigacionistas, embora o perigo de retoma da inflação obrigue os investidores a estarem preparados para possíveis deslocações caso esses cortes sejam adiados.
- Os investidores poderão considerar movimentos no espetro de risco e realocar ativos em liquidez ou fundos do mercado monetário de baixo risco para oportunidades de "médio risco" em obrigações ou mercados privados, numa tentativa de equilibrar a exposição a riscos elevados.
- Os ativos ilíquidos poderão tornar-se uma ferramenta de diversificação cada vez mais importante num cenário de aceleração do crescimento na dívida privada e infraestruturas, impulsionado por novas regras na Europa para atrair pequenos investidores.
Explore as secções abaixo para saber as perspetivas dos nossos especialistas para 2025
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Previsão de uma aterragem suave, mas atenção aos riscos da presidência Trump
"O crescimento está a manter-se, mas não é suficientemente forte para impedir o abrandamento das pressões inflacionistas, com a possibilidade de novos cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA (Fed). Tanto os mercados obrigacionista como acionista poderão ter um bom desempenho neste cenário."
Stefan Hofrichter
Diretor de Economia e Estratégia Globais
A economia dos EUA contrariou as expectativas de uma recessão iminente e prevemos que continue a crescer à frente de outras grandes economias avançadas em 2025, embora a uma velocidade ligeiramente inferior comparativamente a 2024. O nosso cenário de base continua a ser uma "aterragem suave" para as economias dos EUA e mundiais, na qual o crescimento e a inflação abrandam e a recessão é evitada. Acreditamos que o crescimento norte-americano rondará os 2% em 2025, em linha com a taxa de crescimento tendencial.
O crescimento na zona euro tem sido mais modesto, abaixo de 1%, e a maior economia da Europa, a Alemanha, registou uma contração pelo segundo ano consecutivo em 2024. A economia japonesa perdeu vigor. Em 2025, prevemos que o crescimento do PIB na zona euro e no Japão não se afaste das taxas de crescimento tendenciais, ligeiramente acima de 1%.
Nas economias avançadas, a atividade económica tem sido, no geral, mais robusta do que o previsto no início de 2024. E a grande maioria dos intervenientes no mercado acredita que esta tendência deverá manter-se em 2025. As taxas de inflação também deverão baixar para valores ainda mais próximos do objetivo dos bancos centrais de 2%.
A grande incógnita é o que acontecerá depois de Donald Trump tomar posse como presidente dos EUA. A despesa avultada proposta pelo recém eleito presidente poderá impulsionar o crescimento norte-americano a curto prazo. No entanto, o impacto de tarifas mais elevadas propostas para parceiros comerciais dos EUA poderá travar as perspetivas para a Europa. Teremos de aguardar para ver como as promessas da campanha eleitoral se vão traduzir em políticas.
Resiliência dos EUA: novos empregos e aumento dos lucros empresariais
Os dados são consistentes com o nosso cenário de crescimento moderado no futuro imediato. Nos EUA, o mercado de trabalho abrandou claramente nos últimos dois trimestres, mas as empresas continuam a contratar todos os meses, o que tem favorecido o consumo das famílias. A juntar a este cenário encorajador, os lucros empresariais continuam a crescer, embora moderadamente (consultar Gráfico 1). Os ganhos são o principal impulsionador dos gastos nas empresas, por isso, são um indicador importante de toda a economia. Qual é a nossa conclusão? O crescimento está a manter-se, mas não é suficientemente forte para impedir o abrandamento das pressões inflacionistas, com a possibilidade de novos cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA (Fed). Tanto os mercados obrigacionista como acionista poderão ter um bom desempenho neste cenário.
Atenção a uma reaceleração da inflação e a riscos geopolíticos
Mas este ambiente favorável não é garantido. Ainda existem riscos significativos de uma retoma na inflação ou de a economia deslizar para uma recessão nos EUA. Porquê? Desde o pico das taxas de juro norte-americanas no final de 2023, os mercados têm apresentado, em média, um bom desempenho. As condições financeiras gerais têm vindo a flexibilizar-se, tornando mais fácil e mais barato para as empresas e as famílias acederem a financiamento, o que favorece o crescimento económico. Mas, se o crescimento acelerar mais rapidamente do que o previsto devido, por exemplo, a uma despesa mais elevada durante a nova administração Trump, provavelmente teremos uma inflação cíclica. A economia americana continua a sofrer os efeitos inflacionistas subjacentes e desfasados do forte crescimento monetário, da desglobalização, da dinâmica salarial resultante de dados demográficos e da descarbonização. Se o crescimento retomar efetivamente, a Fed e os mercados podem ter de repensar o ritmo dos cortes nas taxas de juros.
Entretanto, permanecem alguns dos fatores de risco de recessão para 2024. Por exemplo, a curva de rendimentos invertida, um indicador fiável e importante de recessões, começou a recuperar a inclinação apenas em setembro de 2024, algo que também se verificou alguns meses antes das últimas quatro recessões nos EUA. E não podemos esquecer os riscos geopolíticos que preocupam muitos investidores, sobretudo as incertezas em torno do segundo mandato de Donald Trump. Uma nova escalada dos conflitos no Médio Oriente ou na Ucrânia poderá gerar incertezas quanto às perspetivas de crescimento e inflação mundiais, sobretudo se se traduzir numa subida acentuada dos preços da energia. Porém, os eventos geopolíticos tendem a causar volatilidade a curto prazo e não um impacto a longo prazo nos mercados.
Com uma aterragem suave à vista, privilegiamos os ativos de risco
Como é que estes fatores moldam as nossas perspetivas para os mercados financeiros? Na antecipação de uma aterragem suave para a economia dos EUA, vamos manter os ativos de risco, apesar de as ações norte-americanas estarem extremamente valorizadas, os spreads das obrigações corporativas contraídos e a volatilidade estranhamente baixa, e que nos pode surpreender pela negativa se aumentar. Na nossa visão, os rendimentos das obrigações soberanas começam a ficar novamente mais atrativos após alguma debilidade no outono. A gestão ativa das carteiras vai ser vital no ambiente de mercado que se avizinha e que é suscetível de ser mais dinâmico do que o habitual.
Gráfico 1: os lucros empresariais dos EUA mantêm-se
Contas nacionais dos EUA em termos de rendimento e produto — crescimento dos lucros empresariais não financeiros (variação anual, em %)
Fonte: LSEG Datastream, AllianzGI Economics & Strategy. Dados de novembro de 2024.
QUAL É O PONTO A QUE OS INVESTIDORES DEVEM ESTAR ATENTOS EM 2025?
Em linha com a famosa frase de James Carville, conselheiro de Bill Clinton: "é a economia, estúpido!" Os dados económicos fundamentais, incluindo a política monetária, irão dominar as perspetivas para os mercados em 2025. Os desenvolvimentos políticos também serão importantes, mas acreditamos que possam ter apenas um papel secundário.
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Considere uma nova abordagem num mundo mais volátil
"Prevemos que as megatendências globais atuais se mantenham em 2025 e no futuro. Os fatores da transição energética e sustentabilidade já estão integrados nas abordagens de muitos intervenientes no mercado, e qualquer reversão de políticas "verdes" nos EUA poderá não ter um impacto tão negativo como alguns temem, tendo em conta a dinâmica atual de mitigação e adaptação."
Virginie Maisonneuve
CIO Global de Ações
No rescaldo das eleições norte-americanas, os mercados acionistas globais estão a analisar cuidadosamente o novo cenário político. Embora haja alguma preocupação de que as eventuais mudanças na política de Washington possam ser inflacionistas, tendo em conta as trajetórias do crescimento e da inflação em 2024, permanecemos confiantes de que as principais economias desenvolvidas estão perante uma aterragem suave e que será evitada uma recessão significativa. Vemos resiliência económica em muitas partes do mundo, sobretudo nos EUA.
O corte da Fed em setembro era esperado, mas a sua magnitude causou alguma surpresa (50 pontos-base e não os 25 esperados por alguns analistas). Olhando para o futuro, a resiliência económica e o potencial de a tendência desinflacionista ser perturbada pelo impacto das tarifas levarão os mercados a reavaliar, uma vez mais, a trajetória para a normalização das taxas de juro, especialmente nos EUA.
Há vida para além das mega caps
Embora os mercados acionistas mundiais e, em particular o norte-americano, pareçam otimistas em relação ao segundo mandato de Trump, os investidores devem manter-se atentos à incerteza acrescida em torno do possível impacto de mudanças radicais na política comercial, de imigração, entre outras. A desregulamentação esperada em vários setores está a contribuir para parte do otimismo do mercado, especificamente no setor tecnológico. A concentração do mercado nos EUA atingiu máximos históricos da década de 1930 (consultar Gráfico 2) e acreditamos que a desregulamentação poderá ajudar a desencadear um alargamento do mercado há muito desejado, beneficiando outras empresas no setor tecnológico para além das mega caps.
Gráfico 2: a concentração nos mercados acionistas dos EUA quase atingiu níveis históricos
Capitalização de mercado da ação de maior dimensão relativamente ao percentil 75*
* O universo é composto por ações dos EUA com dados de preços, títulos e receitas e cotadas nas bolsas NYSE, AMEX ou NASDAQ. As séries anteriores a 1985 foram estimadas com base em dados da biblioteca de dados de Kenneth French, obtidos junto do CRSP, refletindo a distribuição em termos de capitalização de mercado das ações que integravam a NYSE.
Fonte: Compustat, CRSP, Kenneth R. French, Goldman Sachs Research, 2024
Fora dos EUA, a China anunciou recentemente um novo pacote de estímulos de 1,4 biliões de dólares para ajudar a reestruturar a dívida pública local e apoiar o afastamento da dependência do setor imobiliário. A dimensão do estímulo desapontou alguns analistas. No entanto, é certamente um passo na direção certa e estão previstas mais medidas do governo central à medida que o rumo da nova administração em Washington se for tornando mais claro. Dados recentes relativos à China apontam para uma estabilização do ambiente macroeconómico e, até mesmo, uma recuperação no setor financeiro. Embora os investidores ainda estejam bastante céticos em relação à China, as iniciativas mais recentes mostram que os reguladores estão a flexibilizar ativamente a política fiscal e monetária e a procurar impulsionar os preços dos ativos. Uma postura muito diferente do que vimos há alguns meses.
Na Índia, a situação é muito diferente. A economia começa a capitalizar o seu dividendo demográfico: uma população jovem e cada vez mais qualificada; na China, a demografia começa a ser um ónus. A Índia apresenta várias vantagens que irão melhorar a produtividade em diferentes setores nos próximos anos.
Os planos governamentais em termos de despesa, tarifas e defesa vão moldar os mercados
Apesar da resposta positiva dos mercados acionistas aos resultados das eleições nos EUA, os desafios mantêm-se. Na linha da frente das preocupações encontra-se a sustentabilidade da dívida dos EUA, com o Congressional Budget Office (CBO), uma instituição independente, a prever que rácio dívida/PIB ultrapasse o máximo anterior de 105% após a Segunda Guerra Mundial, atingindo os 107% em 2029. Este nível de endividamento público não pode ser ignorado e os investidores terão de estar atentos ao potencial impacto sobre a inflação e as taxas.
Mas foram as perspetivas de aumentos significativos nas tarifas e outras barreiras comerciais que fizeram as manchetes póseleitorais. Não é claro em que medida as promessas de Donald Trump de impor tarifas genéricas de 10% ou 20% sobre todas as importações (e de 60% sobre as importações da China) se concretizarão. Contudo, essas medidas poderão ser inflacionistas nos EUA e ter um impacto no crescimento europeu e chinês.
Prevemos que as megatendências globais atuais se mantenham em 2025 e no futuro. Os fatores da transição energética e sustentabilidade já estão integrados nas abordagens de muitos intervenientes no mercado, e qualquer reversão de políticas "verdes" nos EUA poderá não ter um impacto tão negativo como alguns temem, tendo em conta a dinâmica atual de mitigação e adaptação.
As perspetivas de tarifas punitivas, bem como a forma como as novas tecnologias e questões geopolíticas estão a levar algumas empresas a relocalizar a produção para os países de origem, fazem da reformulação da cadeia de abastecimento global outro tema importante. O regresso da agenda "A América primeiro" a Washington poderá acelerar mudanças já em curso na ordem mundial, sobretudo o surgimento de "hemisférios tecnológicos" rivais dos dois lados do Pacífico e do Darwinismo Digital que está a impulsionar a rápida adoção de tecnologia de ponta em todos os setores.
Ainda que a situação política global consiga escapar a quaisquer choques inesperados, as tensões crescentes entre as principais potências mundiais irão provavelmente aumentar a despesa militar. O conflito na Ucrânia tem mostrado como a guerra mudou radicalmente no século XXI e os países não vão querer ficar para trás em caso de uma nova corrida ao armamento. O aumento da despesa militar irá impulsionar alguns setores e algumas empresas, com o risco de aumento dos níveis globais de endividamento.
Reconsiderar a construção da carteira de ações
Na construção da carteira, a nossa perspetiva atual reflete as nossas expectativas de que a volatilidade elevada continue em 2025. Embora muitos investidores estejam a aplicar a "estratégia de Barbell", com as carteiras fortemente ponderadas para o baixo risco, por um lado, e alto risco, por outro, incentivamos uma outra abordagem: a construção da carteira de ações como uma pirâmide. A base da pirâmide, ou seja, o segmento de maior dimensão de qualquer carteira, deve adotar uma abordagem multifatorial para mitigar a volatilidade. Com base neste pressuposto, o segundo nível deve centrar-se na verdadeira qualidade em diferente estilos: crescimento, valor e dividendos. No topo da pirâmide devem estar as ações que refletem as nossas ideias de elevada convicção, como as que acompanham megatendências (inteligência artificial e transição energética, por exemplo), e investimentos regionais, como na China e na Índia.
QUAL É O PONTO A QUE OS INVESTIDORES DEVEM ESTAR ATENTOS EM 2025?
Poderá surgir um ciclo de taxas de juro menos sincronizado a nível global resultante de novas políticas dos EUA e das repercussões que estas poderão ter nos mercados cambiais. Esse cenário beneficiará uma seleção de títulos ativa: será mais importante do que nunca compreender a interação entre variações cambiais, a reformulação da cadeia de abastecimento mundial e o impacto de novas tarifas nos modelos de negócios.
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Gestão ativa da divergência
“A mudança para uma política de cortes preventivos numa fase inicial sugere que a Fed aprendeu com os anteriores ciclos económicos, nos quais a política se manteve, normalmente, comedida durante demasiado tempo, fazendo aumentar desnecessariamente os riscos de recessão."
Michael Krautzberger
CIO Global de Obrigações
O ano de 2024 foi novamente uma montanha-russa para os investidores em obrigações soberanas. Tem sido uma história de crescimento global divergente: o desempenho superior relativo da economia dos EUA comparativamente ao resto do mundo foi o principal impulsionador dos mercados obrigacionistas e cambiais globais. A curto prazo, a eleição de Donald Trump como o próximo presidente dos EUA reforçou esta narrativa com base nas expectativas quanto à futura política fiscal e comercial. Ainda assim, as perspetivas de inflação melhoraram globalmente, com as taxas de inflação de base a regressarem gradualmente às metas dos bancos centrais nos principais mercados. Essa melhoria reforçou as expectativas de um ciclo de cortes nas taxa de juro nos mercados do G10 e foi a âncora das obrigações soberanas ao longo de todo o ano.
Aprender as lições
Embora a Fed tenha sido mais lenta nos cortes nas taxas em 2024, acabou por anunciar uma importante viragem na sua abordagem. O objetivo era voltar a colocar o foco no nível máximo de emprego, um objetivo que anda a par com o objetivo de preços estáveis. A mudança para uma política de cortes preventivos numa fase inicial sugere que a Fed aprendeu com os anteriores ciclos económicos, nos quais a política se manteve, normalmente, comedida durante demasiado tempo, fazendo aumentar desnecessariamente os riscos de recessão. Para já, as medidas da Fed aumentaram a probabilidade de uma aterragem suave dos EUA em 2025, embora a história nos diga que este é um desfecho raro.
Noutras partes do mundo, o cenário macroeconómico tem sido mais desafiante. A economia chinesa desapontou quanto a uma recuperação duradoura da procura interna, em grande parte devido à desalavancagem plurianual no setor imobiliário. Os receios de que a economia esteja a enfrentar uma espiral deflacionária semelhante à experienciada pelo Japão nas duas últimas décadas aumentaram. Na zona euro, o crescimento tem sido anémico, com a sua maior economia, a Alemanha, em risco de vir a atravessar um segundo ano consecutivo de recessão. Não admira que os banqueiros centrais na Europa também tenham mudado de abordagem: os possíveis cortes nas taxas são avaliados em reuniões consecutivas do Banco Central Europeu, que se prolongarão até uma fase tardia do primeiro semestre de 2025. As autoridades chinesas também reconheceram os perigos de uma espiral deflacionária. Anunciaram uma série de estímulos monetários, fiscais e para o mercado, aumentando a esperança de que as perspetivas de crescimento para a China sejam um pouco melhores em 2025.
Olhando para 2025, a orientação das políticas monetárias e fiscais, sobretudo fora da zona euro, apresenta um cenário favorável em termos de crescimento global, embora acreditemos que as trajetórias económicas venham a ser divergentes. Os dados fundamentais relativos à dívida, a transmissão da política monetária e o grau de apoio fiscal serão determinantes para essas diferentes trajetórias. O segundo mandato de Donald Trump como presidente dos EUA, e as suas implicações para a futura política comercial do país, poderão representar o maior obstáculo a uma perspetiva construtiva no que respeita ao crescimento global. Poderemos ter mais um ano de elevada volatilidade nos mercados obrigacionistas e cambiais conduzida pelas políticas de Trump.
É inquestionável que o cenário macroeconómico e geopolítico traz a possibilidade de assistirmos a uma maior volatilidade nos mercados de ativos de risco em 2025.
Dinamismo e gestão ativa precisam-se
A classe de ativos de obrigações parece atrativa com base nestes riscos, embora seja necessária uma abordagem dinâmica em termos de duração, inclinação da curva, moeda, spread e indexação à inflação para enfrentar desafios em 2025. É essencial ser seletivo, por isso, acreditamos que a gestão ativa dos investimentos é crucial.
O cenário macroeconómico e político global apoia a nossa convicção em curvas de rendimentos dos EUA e do euro com maior inclinação, nas quais assumimos uma posição longa em obrigações de curto prazo e reduzimos a exposição de longo prazo, antecipando uma inclinação. A flexibilização das políticas monetárias e os enormes défices fiscais apoiam a visão de que os investidores não são devidamente recompensados pela detenção de obrigações de prazo mais longo. Preferimos esta posição a um risco de duração mais óbvio. Para equilibrar os efeitos da inclinação nas carteiras, também privilegiamos títulos com menor inclinação no Japão. Com a inflação a dar sinais de vida na economia japonesa após mais de duas décadas, o Banco do Japão está numa trajetória de normalização da política monetária, recorrendo a subidas das taxas e uma redução do balanço.
Nos mercados obrigacionistas, a volatilidade poderá permanecer elevada em 2025, pelo que pensamos ser também uma boa ideia negociar taticamente a duração: ajustar a sensibilidade da carteira às taxas de juro mediante alterações nas condições de mercado. Nos EUA, temos uma tendência para acrescentar risco quando vemos picos de subida nos rendimentos e os mercados mostram sinais de não contabilizarem a possibilidade, embora improvável, de uma aterragem brusca. Também será fundamental sermos seletivos em termos de países. Os países que oferecem uma melhor dinâmica risco/remuneração em termos de duração são o Reino Unido e a Austrália. Na nossa opinião, estão a ser avaliados como tendo ciclos de cortes nas taxas de juro menos profundos e oferecem rendimentos reais atrativos.
Riscos de reflação
Neste ambiente, também faz sentido termos alguma proteção contra a inflação nas carteiras. Vários fatores podem provocar uma subida dos preços: o nível de acomodação das políticas a ser tido em conta pelos mercados, guerras comerciais, o risco de uma subida acentuada dos preços do petróleo e da energia devido a incerteza geopolítica, e questões estruturais, como o encurtamento das cadeias de abastecimento e as implicações políticas da transição climática. No seu conjunto, parece-nos que estes riscos não estão a ser devidamente contabilizados no equilíbrio das taxas de inflação.
Nos mercados cambiais, o desempenho superior relativo dos EUA comparativamente ao resto do mundo poderá ter alguma margem para diminuir ao longo de 2025. Embora o processo possa ser heterogéneo e depender da política comercial dos EUA, seria desfavorável ao dólar. A vitória de Donald Trump deu um impulso inicial ao dólar, embora ainda não seja certo se será duradouro.
Nos ativos de spread, a dívida de mercados emergentes mostrou resiliência num cenário de intensificação dos riscos geopolíticos, volatilidade nos mercados, eleições e alterações nas expectativas de cortes da Fed. Olhando para 2025, os dados fundamentais dos mercados emergentes são robustos e esta classe de ativos parece estar a recuperar fluxos de investimento. Neste contexto, vemos muitas oportunidades em obrigações denominadas em moeda local e crédito selecionado high-yield em moedas fortes, sem tentarmos prever a direção que será seguida pelo dólar. No que toca às divisas de mercados emergentes, preferimos uma abordagem de valor relativo: procuramos beneficiar das diferenças temporárias nos preços entre divisas.
No crédito empresarial, os spreads estão bastante contraídos no segmento high-yield e algo contraídos no segmento investment grade. À medida que as taxas vão baixando, não prevemos que a contração dos spreads impeça muitos investidores de realocar alguns dos seus fundos do mercado monetário para o crédito. Os rendimentos do crédito mantêm-se atrativos e apoiam o sólido cenário técnico. No segmento high-yield, estamos mais favoráveis ao crédito de mais curto prazo, uma vez que o aumento do risco de duração dos spreads não está a oferecer um prémio de rendimento suficiente. As obrigações de taxa variável de empresas emitentes com um rating elevado também continuam a proporcionar um spread atrativo. Também servem como cobertura contra qualquer mudança de expectativas no sentido de uma inflação e de taxas de juro mais elevadas e durante mais tempo.
QUAL É O PONTO A QUE OS INVESTIDORES DEVEM ESTAR ATENTOS EM 2025?
Estaremos muito atentos ao percurso do dólar em 2025: o desempenho superior relativo da economia dos EUA comparativamente ao resto do mundo irá manter-se e continuar a impulsionar o dólar para valores ainda mais elevados? Ou estará o dólar já a ser transacionado acima do seu valor intrínseco devido ao pessimismo do mercado em termos de crescimento económico fora dos EUA?
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Necessidade de uma abordagem dinâmica
“A alocação dinâmica vai ser crucial em 2025. Uma carteira bem diversificada é um bom ponto de partida; e a gestão ativa vai ser essencial para oferecer proteção dinâmica. Na nossa visão, a probabilidade de um ambiente disruptivo, e níveis preocupantes de concentração do mercado acionista em alguns locais, exige uma seleção bottom-up e uma gestão ativa dos investimentos.“
Gregor MA Hirt
CIO Global Multiativos
Prevemos que 2025 comece sem quebrar a dinâmica positiva dos ativos de risco, em particular as ações, e a beneficiar os gestores ativos no geral. Historicamente, os meses iniciais do ano têm sido favoráveis, e dados económicos recentes, sobretudo provenientes dos EUA, mantêm o otimismo, com um reforço das vendas e dos lucros das empresas. Esperamos que a Fed corte ainda mais as taxas de juro, pelo menos durante algum tempo, impulsionando a liquidez no mercado.
As promessas de Donald Trump de baixar os impostos das empresas e de desregulamentação trarão mais otimismo ao mercado e deverão beneficiar as margens das empresas, como observámos depois de 2016. Se estas medidas conduzirem a um período de acalmia nos mercados acionistas, é possível que os investidores reforcem as suas posições.
Este ambiente parece-nos particularmente favorável para as ações norte-americanas, em particular nestes setores:
- Small caps: acreditamos que já oferecem valorizações atrativas e que serão grandes beneficiárias do apoio fiscal e crescimento económico.
- Setor tecnológico mais amplo: apesar das valorizações elevadas, deverá continuar a ter um bom desempenho graças a preços da energia mais baixos e à probabilidade reduzida de medidas antimonopolistas sob a administração Trump.
- Bancos americanos: as perspetivas de uma rápida desregulamentação deverão ser altamente positivas para este setor. O crescimento económico mais forte nos EUA em relação à Europa é um dos motivos pelos quais esperamos que as ações norte-americanas tenham um desempenho superior às da zona euro. Mas os mercados acionistas devem estar atentos à economia doméstica subjacente. Por exemplo, uma parte significativa das vendas de muitas empresas que integram o Euro Stoxx 50 provém dos EUA, por isso, essas empresas deverão beneficiar da resiliência da economia americana.
O crescimento económico mais forte nos EUA em relação à Europa é um dos motivos pelos quais esperamos que as ações norte-americanas tenham um desempenho superior às da zona euro. Mas os mercados acionistas devem estar atentos à economia doméstica subjacente. Por exemplo, uma parte significativa das vendas de muitas empresas que integram o Euro Stoxx 50 provém dos EUA, por isso, essas empresas deverão beneficiar da resiliência da economia americana.
Mas o mercado europeu ainda está atrás das potências de tecnologia e inteligência artificial dos EUA e da China, embora apresente menos participação e valorizações atrativas. A legislação laboral e outros défices estruturais também são obstáculos para as empresas europeias. A China continua a ser imprevisível: as questões estruturais podem ser desafiantes, mas a economia pode beneficiar das políticas de apoio.
A dissociação enquanto grande tendência
As obrigações high-yield irão provavelmente beneficiar de condições económicas resilientes a nível geral. Contudo, damos preferência a ações em relação às obrigações high-yield americanas nas nossas carteiras multiativos, particularmente porque os pequenos investidores tendem a privilegiar ativos mais líquidos no final de um ciclo construtivo.
Numa inversão das nossas perspetivas para o mercado acionista, consideramos que as obrigações europeias se poderão dissociar dos seus pares dos EUA. Embora a tendência seja uma descida da inflação, as eleições que se avizinham na Alemanha e a potencial instabilidade política em França trazem um ambiente mais desafiante à União Europeia.
Um fator essencial a ter em atenção em 2025 será a resposta da Fed a uma potencial reflação resultante da política fiscal da nova administração e ao seu impacto nos mercados. O dólar está sobrevalorizado e, num ambiente normal, deverá apresentar uma tendência de desvalorização no seguimento dos cortes da Fed e do desempenho superior dos ativos de risco em relação aos mais defensivos. Se os planos de Donald Trump em matéria de despesa sobreaquecerem a economia, a Fed poderá ter de subir as taxas: um cenário que prejudicaria os ativos de risco. Dadas as elevadas valorizações e os ganhos significativos desde março de 2020, os mercados acionistas poderão entrar numa "pausa" em 2025 para reavaliar a situação.
Este cenário seria prejudicial às obrigações de mercados emergentes denominadas em moeda local e tornar as alocações flexíveis não correlacionadas com o mercado mais atrativas.
O achatamento da curva de rendimentos dos EUA entre setembro e o quarto trimestre de 2024 mostra que os mercados já consideraram algum risco de sobreaquecimento da economia. Mas uma retoma da inflação e uma nova perceção nos mercados de que a Fed está a demorar a lidar com o problema poderão trazer pressão por parte dos chamados "bond vigilantes", que reagem a políticas que não lhes agradam vendendo obrigações. Será essencial observar a evolução da procura por títulos do tesouro de mais longo prazo para avaliar o risco.
A longo prazo, a "desdolarização" poderá ganhar tração se Trump avançar com políticas geopolíticas radicais. Nesse cenário, outras economias poderão procurar construir os seus próprios blocos monetários.
Forças geopolíticas e matérias-primas
As matérias-primas tendem a ter um bom desempenho em contextos de generosidade fiscal e cortes das taxas. Mas desta vez poderá ser diferente. O desejo de Trump de intensificar a exploração de petróleo e gás poderá fazer aumentar a oferta; já o potencial fim das hostilidades entre a Rússia e a Ucrânia poderá exercer pressão adicional sobre os preços do petróleo e do gás. Poderemos assistir a uma descida dos preços do petróleo para cerca de 50 a 70 USD por barril, em comparação com os recentes 70 a 90 USD. No que respeita ao risco de cauda, uma escalada das tensões entre Israel e o Irão poderá causar um pico a curto prazo.
O cobre poderá beneficiar com medidas de alívio económico de curto prazo na China. O ouro continua a ser um favorito devido à sua dissociação do dólar e dos rendimentos reais, favorecido por compradores de mercados emergentes num ambiente geopolítico tenso.
A alocação dinâmica vai ser crucial em 2025. Uma carteira bem diversificada é um bom ponto de partida; e a gestão ativa vai ser essencial para oferecer proteção dinâmica. Na nossa visão, a probabilidade de um ambiente disruptivo, e níveis preocupantes de concentração do mercado acionista em alguns locais, exige uma seleção bottom-up e uma gestão ativa dos investimentos.
QUAL É O PONTO A QUE OS INVESTIDORES DEVEM ESTAR ATENTOS EM 2025?
Embora as tarifas mais elevadas dos EUA e as consequentes retaliações sejam fatores críticos no início do ano, o foco do mercado deverá voltar-se rapidamente para o impacto das políticas fiscal e de imigração norte-americanas. Ambos os fatores terão impacto nos rendimentos das obrigações e nas taxas de inflação, que os mercados acionistas poderão ter dificuldade em absorver em determinado momento.
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Janelas de oportunidade
“Chamada "democratização dos mercados privados" traduz-se em mais capital privado para transformação, ao mesmo tempo que permite aos clientes de retalho participarem no potencial de crescimento desta classe de ativos."
Deborah Zurkow
Directora global de investimentos
Após um abrandamento no ano anterior, as transações e a angariação de fundos recuperaram em 2024. E esperamos que 2025 traga uma maior dinâmica resultante de um aumento da geração de negócios. Embora tenhamos assistido a uma viragem para a dívida privada nos últimos dois anos, que irá continuar, também assistimos à reavaliação de valorizações na vertente acionista. A normalização dos preços traz mais transações ao mercado. As valorizações ainda não atingiram os níveis observados antes dos fatores de mitigação da inflação, subidas das taxas e crise energética que se seguiu ao ataque à Ucrânia.
As crises geopolíticas também têm impacto nos mercados privados e respetivas valorizações. Porém, esta classe de ativos mostrou-se resiliente em momentos de incerteza graças às suas características de taxa variável e indexação à inflação. Além disso, as crises geopolíticas tendem a ser de curta duração, e os investidores nestes ativos têm muitas vezes um horizonte de longo prazo, muitas vezes de décadas.
Em 2025, acreditamos que iremos assistir a um aumento do fluxo de capital para os mercados privados. Os investidores sentem-se confortáveis com o desempenho recente num ambiente mais volátil. Com as taxas a baixarem novamente, o ambiente de mercado está a reequilibrar-se, o que deverá trazer oportunidades novas e atrativas.
Os segmentos de dívida privada e trade finance, com os investidores profissionais a ganharem importância neste último, oferecem um universo de investimento alargado e crescente nos temas de impacto, mercado secundário, e dívida privada e relacionada com infraestruturas.
Necessidade urgente de investimento
Um relatório recente de Mario Draghi, antigo Presidente do Banco Central Europeu, estima que a União Europeia precisa de investir 750 a 800 mil milhões de euros por ano em áreas como a transformação digital, a transição verde e a defesa para se manter competitiva.1
Embora a necessidade de investimento seja urgente, os défices públicos estão a aumentar. Sem capital privado, não será possível efetuar esses investimentos. Esta situação abre uma janela de oportunidade para os investidores, que podem esperar um perfil de risco/rentabilidade atrativo com base na reavaliação de projetos. Muitos projetos de grande dimensão requerem financiamento, como a modernização de estradas e transportes públicos, a construção de infraestruturas digitais e centros de dados, bem como de infraestruturas sociais e de serviços públicos. São necessários parceiros com experiência e um track record comprovado em projetos de longo prazo.
As infraestruturas estão a impulsionar o desenvolvimento económico e social dos países. Durante o intenso ciclo eleitoral de 2024, assistimos ao adiamento de alguns projetos. Mas dada a natureza crítica desses serviços básicos, esses atrasos serão resolvidos quando os novos governos tomarem posse. A prestação de serviços essenciais é particularmente importante num momento em que o populismo crescente está a causar instabilidade política.
O investimento de impacto acelera
Os novos projetos continuarão a ter em conta fatores ambientais, sociais e de governação corporativa. A relevância do crédito privado de impacto está a crescer e reflete a necessidade deste tipo de capital no apoio à descarbonização e digitalização, gerando simultaneamente impactos positivos para a sociedade e rentabilidades para os investidores. Prevemos que esta tendência se mantenha e continue a ganhar peso junto dos investidores profissionais na Ásia e outras regiões, que têm demonstrado um maior interesse em estratégias que ajudem a impulsionar a transição energética.
Outra tendência que prevemos que se mantenha é o crescimento das transações no mercado secundário. Embora estes instrumentos já estejam consagrados no setor do capital privado, o mercado secundário de dívida privada e ações de infraestruturas ainda se está a estabelecer. As transações no mercado secundário não só aceleram a mobilização de capital, como ajudam a diversificar as carteiras. A dimensão dos mercados primários de dívida privada e infraestruturas aliada às restrições à liquidez deverão impulsionar as transações no mercado secundário em 2025. Quem tiver uma boa rede enquanto investidor primário, o conhecimento interno necessário para executar essas transações e o poder de negociação necessário para fechar negócios relevantes com descontos significativos poderá tirar partido dessas transações.
Por último, mas não menos importante, com a aplicação do Regulamento dos Fundos Europeus de Investimento a Longo Prazo (ELTIF) 2.0, os mercados privados são agora mais acessíveis a clientes de retalho. A chamada "democratização dos mercados privados" traduz-se em mais capital privado para transformação, ao mesmo tempo que permite aos clientes de retalho participarem no potencial de crescimento desta classe de ativos. A agência de rating Scope Group prevê que os volumes dos ELTIF aumentem para 30 a 35 mil milhões de EUR até ao final de 2026, sendo que vão entrar, pelo menos, 20 novos ELTIF no mercado no próximo ano.2 Também é importante referir que os investidores devem estar cientes das características e dos riscos associados aos mercados privados, como o horizonte de investimento a longo prazo. E devem procurar aconselhamento para poderem tomar uma decisão informada.
Parceiros com interesses comuns
Os investimentos em mercados privados são um pilar fundamental das carteiras de muitos clientes institucionais. Acreditamos que a dívida privada e as infraestruturas vão continuar a trazer oportunidades atrativas. As alterações regulamentares tornaram os mercados privados mais acessíveis para mais clientes, o que também trouxe uma maior responsabilidade de permitir que estes investidores tomem decisões mais informadas. Com mais grupos de clientes, mais projetos que necessitam de financiamento e menos intervenientes nos mercados privados, esperamos ver muitos projetos novos e empresas que necessitem de financiamento. Ao seu lado estarão parceiros de longa data com interesses comuns e com experiência e conhecimentos comprovados.
Gráfico 3: América do Norte e Europa competem pela liderança no mercado
Património gerido no setor das infraestruturas* por região
Fonte: Preqin
*Os dados do património gerido excluem fundos denominados em CNY.
Dados do final do ano. Para evitar uma dupla contabilização, os totais excluem transações no mercado secundário e fundos de fundos.
QUAL É O PONTO A QUE OS INVESTIDORES DEVEM ESTAR ATENTOS EM 2025?
Investir no futuro significa investir em infraestruturas. Da digitalização à transição energética, passando pela atualização de infraestruturas existentes, são necessários investimentos muito avultados para se acelerar o progresso e o crescimento. Esperamos ver mais oportunidades em 2025, particularmente na área da dívida relacionada com infraestruturas.
1 Competitividade da UE — Perspetivas para o futuro, Comissão Europeia , setembro de 2024.
2 A new era: overview of the ELTIF market 2023/2024, análise da Scope Fund, publicada a 15 de maio de 2024